terça-feira, 29 de março de 2016

Azul

Dessa vez eu não escondi. Dividi com meio mundo (de amigos) o quão abalada eu fiquei. O quão brava eu me senti. O quão violenta me tornei. Eu queria sua cabeça, bem, no caso os braços. Não sei especificar o por quê desses membros.

Eu podia fingir que não doeu. Na real não doeu. Foi uma onda gelada que passou pelo meu corpo, a sensação de tirar o chão do coração.Uma batida lenta e pesada. Foi ruim. Foi horrível. Mas não doeu.

Talvez tenha sido um inverno antes da hora. Pra matar o que era frágil demais. Pra matar o que cresceu por acidente. O que cresceu por teimosia.

Fiz questão de contar, aos quatro ventos que você me colocou numa montanha russa de sentimentos. Falei das minhas frustrações e da minha raiva. Não fui discreta e te delatei.  Fiz planos a respeito dos seus braços. Mas daí a segunda-feira chegou. Meu ano novo semanal.

E no recomeço decidi que não iria te esquecer. Decidi que iria oferecer amor. Os velhos clichês colocados em prática.

Não vou dizer que é fácil. Há uma luta interna. Uma parte de mim ainda quer seus braços como troféu. Outra só quer que você seja feliz, independente do que isso signifique.

E eu, no fim abro mão da minha felicidade para te conservar com ambos os braços. :/

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